Читаем Sherlock Holmes - Edicao completa полностью

– São 14:15h – disse. – Seu telegrama foi mandado por volta de uma da tarde. Mas não se pode olhar para a sua roupa e sua aparência sem ver que sua perturbação começou no momento em que acordou.

Nosso cliente alisou os cabelos em desalinho e passou a mão pelo queixo com a barba por fazer.

– Tem razão, sr. Holmes. Não me preocupei em me arrumar. Tudo o que eu queria era sair daquela casa. Mas estive fazendo algumas investigações antes de vir ver o senhor. Fui até a casa dos agentes, o senhor sabe, e eles disseram que o aluguel do sr. Garcia estava pago e que estava tudo em ordem na Vila Glicínia.

– Calma, calma, meu senhor – disse Holmes, rindo. – O senhor é como o meu amigo, dr. Watson, que tem o péssimo hábito de contar suas histórias começando pelo fim. Por favor, coordene os pensamentos e me conte, na seqüência certa, exatamente por que esses acontecimentos o fizeram sair em busca de conselho e ajuda, despenteado e amarrotado, com botas e colete abotoados de forma errada.

Nosso cliente olhou para baixo, examinando com pesar sua aparência deplorável.

– Tenho certeza de que estou horrível, sr. Holmes, e tenho certeza de que algo assim jamais aconteceu antes em minha vida. Mas vou contar-lhe toda a história esquisita, e quando eu tiver terminado, o senhor com certeza reconhecerá que há muita coisa que possa me desculpar.

Mas a narrativa dele foi cortada pela raiz. Houve um alarido do lado de fora e a sra. Hudson abriu a porta para que dois indivíduos entrassem, dois sujeitos robustos, com aspecto de polícia, um dos quais era conhecido nosso, o inspetor Gregson, da Scotland Yard, um policial enérgico, cortês e, dentro de suas limitações, competente. Apertou a mão de Holmes e apresentou seu companheiro, inspetor Baynes, da polícia de Surrey.

– Estamos juntos numa caçada, sr. Holmes, e nossa pista indicava esta direção.

Virou os olhos de buldogue para o nosso visitante.

– O senhor é John Scott Eccles, de Popham House, Lee?

– Sim, sou eu.

– Nós o seguimos a manhã inteira.

– Sem dúvida você o localizou por causa do telegrama – disse Holmes.

– Exatamente, sr. Holmes. Pegamos a pista na agência do correio de Charing Cross e viemos para cá.

– Mas por que me seguem? O que desejam?

– Queremos um esclarecimento, sr. Scott Eccles, a respeito dos fatos que resultaram na morte do sr. Aloysius Garcia, da Vila Glicínia, nos arredores de Esher, ontem à noite.

Nosso cliente retesou-se na cadeira, com os olhos arregalados e sem um pingo de cor no rosto atônito.

– Morto? O senhor disse que ele morreu?

– Sim, senhor, ele está morto.

– Mas, como? Acidente?

– Assassinato, se já houve um no mundo.

– Meu Deus! Isto é terrível! O senhor não está dizendo... o senhor não está dizendo que eu sou um suspeito?

– Foi encontrada uma carta sua no bolso do morto e ficamos sabendo que o senhor pretendia passar na casa dele ontem à noite.

– Sim, eu passei.

– Oh, então passou, não é?

Tirou o livro de anotações do bolso.

– Espere um pouco, Gregson – disse Sherlock Holmes. – Tudo o que você quer é uma simples declaração, não é?

– E é meu dever prevenir o sr. Scott Eccles que ela pode ser usada contra ele.

– O sr. Eccles ia nos contar o caso quando vocês entraram aqui. Eu acho, Watson, que um conhaque com soda vai ajudá-lo. Agora, senhor, sugiro que não se importe com o aumento de sua platéia e continue sua narrativa exatamente como teria feito se não tivesse sido interrompido.

Ele engolira o conhaque e a cor voltou às suas faces. Com um olhar desconfiado para o livro de anotações do inspetor, começou imediatamente seu relato extraordinário.

Перейти на страницу:

Все книги серии Aventura

Похожие книги

Смерть играет
Смерть играет

Еще одно «чисто английское убийство» от классика детективного жанра. Сирил Хейр был судьей окружного суда в Сурее, и не случайно, что и в этой книге мотивы преступления объясняются особенностями британской юриспруденции. Итак, типичный английский городок, где провинциальный оркестр из любителей-музыкантов дает концерт вместе с знаменитой скрипачкой-виртуозом. На генеральной репетиции днем приглашенная звезда-иностранка играет бестяще и вдохновенно. Затем происходит ссора между ней и одним из музыкантов оркестра, а вечером во время концерта артистку убивают. Под подозрение попадают многие. Читатель получит истинное наслаждение, погрузившись в несуетливую атмосферу расследования загадочного преступления. Честь раскрытия убийства принадлежит отошедшему от дел адвокату Ф. Петигрю. Больше всего на свете он хочет жить спокойно, а меньше всего желает участвовать в следствие, которое ведет свеженазначенный и самоуверенный инспектор полиции. Читатель раньше полицейского может догадаться, кто убийца, если, как адвокат, знает и любит Диккенса, а также Моцарта и Генделя. В любом случае, по достоинству оценит этот образец великолепного английского детектива, полного иронии.Мисс Силвер

Сирил Хейр

Классический детектив