Читаем Sherlock Holmes - Edicao completa полностью

– O que o senhor diz só piora as coisas. Não foram os seus agentes, mas o senhor mesmo representando e bisbilhotando. O senhor então admite que estava me seguindo. Por quê?

– Ora, conde. O senhor costumava matar leões na Argélia.

– E daí?

– Mas por que fazia isso?

– Por quê? Como passatempo, por ser excitante, pelo perigo!

– E, sem dúvida, para livrar o país de uma praga?

– Exatamente!

– São essas também as minhas razões, em resumo.

O conde ergueu-se de um salto, e sua mão, involuntariamente, moveu-se em direção ao bolso traseiro.

– Sente-se, senhor, sente-se. Havia outro motivo mais prático. Eu quero aquele diamante amarelo!

O conde Sylvius recostou-se novamente na sua cadeira, com um sorriso perverso.

– Palavra de honra! – ele disse.

– O senhor sabia que eu o perseguia por isso. O verdadeiro motivo que o trouxe aqui esta noite foi descobrir o que eu sei sobre o assunto e se minha eliminação é absolutamente necessária. Bem, eu diria que, do seu ponto de vista, ela é essencial, porque eu sei tudo a este respeito, menos uma coisa, que o senhor está prestes a me contar.

– Oh, realmente! Por favor, o que é que está lhe faltando saber?

– Onde está agora o diamante da Coroa.

O conde olhou com ironia para o seu amigo.

– Ah, o senhor quer saber isso, não? E como eu poderia lhe dizer onde está o diamante?

– O senhor pode, e o senhor vai dizer.

– Imagine!

– O senhor não pode blefar comigo, conde Sylvius. – Os olhos de Holmes, ao se fixarem no conde, se contraíram e se iluminaram até ficarem como dois ameaçadores pontos de aço.

– O senhor é completamente transparente. Vejo até o interior de sua mente.

– Então, naturalmente, o senhor vê onde está o diamante!

Holmes bateu palmas, divertido, e então apontou o dedo para ele e disse, troçando: – Então o senhor sabe. O senhor admitiu.

– Eu não admiti nada.

– Bem, conde, se o senhor for razoável, poderemos negociar. Do contrário, o senhor será prejudicado.

O conde Sylvius virou os olhos para o teto.

– E o senhor fala em blefe! – ele disse.

Holmes olhou para ele pensativamente, como um mestre de xadrez que medita sobre um movimento final. Então abriu a gaveta da mesa e tirou uma agenda grossa.

– Sabe o que guardo neste livro?

– Não, senhor, não sei!

– O senhor mesmo.

– Eu?

– Sim, o senhor! O senhor está todo aqui – cada ação de sua vida depravada e perigosa.

– Maldito Holmes! – gritou o conde, com os olhos em fogo. – Minha paciência tem limite!

– Está tudo aqui, conde: os fatos verídicos sobre a morte da velha senhora Harold, que lhe deixou a herdade de Blymer, que o senhor perdeu tão rapidamente no jogo.

– O senhor está sonhando!

– E a história completa da vida da srta. Minnie Warrender.

– Ora! O senhor não fará nada com isto!

– Há muito mais aqui, conde. Há o assalto ao trem de luxo para a Riviera, em 13 de fevereiro de 1892. Aqui, no mesmo ano, o cheque falso contra o Crédit Lyonnais.

– Não, aí o senhor se engana.

– Então estou certo em relação aos outros. Bem, conde, o senhor é um jogador. Quando o outro jogador tem todos os trunfos, abrir o jogo poupa tempo.

– O que é que toda essa conversa tem a ver com a jóia que o senhor mencionou?

– Devagar, conde. Controle esta mente impaciente! Deixe-me tratar dos assuntos à minha maneira monótona. Tenho tudo isto contra o senhor, mas tenho, principalmente, provas concretas contra ambos, o senhor e o seu capanga brigão, no caso do diamante da Coroa.

– Não diga!

– Conheço o cocheiro que o levou a Whitehall e o outro que o trouxe de volta. Sei quem é o porteiro que o viu perto da caixa. Ikey Sanders, que se recusou a cortar o diamante para o senhor. Ikey o delatou e a sua trama foi descoberta.

As veias saltaram na testa do conde. Suas mãos escuras e peludas se fecharam num espasmo de emoção reprimida. Ele tentou falar, mas as palavras não saíram de sua boca.

– Estas são as cartas que eu tenho. Estou pondo todas na mesa. Mas está faltando uma carta. É o Rei de Diamantes. Não sei onde está a pedra.

– O senhor nunca saberá.

– Não? Ora, seja razoável, conde. Considere sua situação. O senhor ficará preso durante vinte anos. Sam Merton também. Que proveito os senhores irão tirar do seu diamante? Nenhum! Mas se o senhor o devolver, bem, eu proporia uma traição. Não queremos o senhor ou Sam. Queremos a pedra. Desista dela, e no que me diz respeito, o senhor pode partir livremente, contanto que se comporte no futuro. Se cometer outra falta, bem, será a última. Mas, desta vez, minha missão é reaver a pedra, não é prendê-lo.

– E se eu me recusar?

– Ora, então, ai do senhor! Então será o senhor e não a pedra.

Billy apareceu, atendendo a um chamado.

– Acho, conde, que seria conveniente que o seu amigo Sam estivesse presente a esta conferência. Afinal de contas, os interesses dele deveriam estar representados. Billy, há um cavalheiro grande e feio na calçada, diante da porta da frente. Peça-lhe para subir até aqui.

– E se ele não quiser vir, senhor?

– Nada de violência, Billy. Não seja rude com ele. Se você lhe disser que o conde Sylvius o chama, ele certamente subirá.

Перейти на страницу:

Все книги серии Aventura

Похожие книги

Смерть играет
Смерть играет

Еще одно «чисто английское убийство» от классика детективного жанра. Сирил Хейр был судьей окружного суда в Сурее, и не случайно, что и в этой книге мотивы преступления объясняются особенностями британской юриспруденции. Итак, типичный английский городок, где провинциальный оркестр из любителей-музыкантов дает концерт вместе с знаменитой скрипачкой-виртуозом. На генеральной репетиции днем приглашенная звезда-иностранка играет бестяще и вдохновенно. Затем происходит ссора между ней и одним из музыкантов оркестра, а вечером во время концерта артистку убивают. Под подозрение попадают многие. Читатель получит истинное наслаждение, погрузившись в несуетливую атмосферу расследования загадочного преступления. Честь раскрытия убийства принадлежит отошедшему от дел адвокату Ф. Петигрю. Больше всего на свете он хочет жить спокойно, а меньше всего желает участвовать в следствие, которое ведет свеженазначенный и самоуверенный инспектор полиции. Читатель раньше полицейского может догадаться, кто убийца, если, как адвокат, знает и любит Диккенса, а также Моцарта и Генделя. В любом случае, по достоинству оценит этот образец великолепного английского детектива, полного иронии.Мисс Силвер

Сирил Хейр

Классический детектив