Читаем As cancoes da Terra distante полностью

— A menos que você praticamente viva na água, como Kumar. Eu experimentei essas lentes de contato uma vez e achei que feriam os meus olhos. Desde então permaneço fiel à boa e velha máscara. Dá muito menos trabalho. Pronto? — Pronto, comandante. Os dois rolaram simultaneamente sobre a borda de estibordo e bombordo do barco, e seus movimentos eram tão bem sincronizados que o trimarã nem balançou. Através do espesso painel de vidro colocado na quilha, Loren observou os dois deslizando sem esforço até o recife lá embaixo. Ficava, ele bem sabia, a mais de vinte metros de profundidade, mas parecia muito perto. Ferramentas e cabos já tinham sido baixados até lá, e os dois mergulhadores passaram rapidamente ao trabalho, consertando as redes partidas.

Ocasionalmente trocavam monossílabos em código, mas na maior parte do tempo agiam em completo silêncio, cada um conhecendo o seu trabalho e seu parceiro tão bem que não havia necessidade de diálogo. O tempo passou muito rapidamente para Loren, que se sentia olhando para um novo mundo, o que não deixava de ser verdade.

Embora já tivesse visto inumeráveis gravações de vídeo, feitas nos oceanos terrestres, quase todas as formas de vida que se moviam agora debaixo dele não lhe eram familiares. Havia discos rodopiantes e geléias pulsantes, tapetes que ondulavam e espirais que giravam como sacarolhas, mas muito poucas criaturas que, com um esforço de imaginação, pudessem ser consideradas como verdadeiros peixes. Só uma vez, ele captou um vislumbre, bem na extremidade de seu campo de visão, de um rápido torpedo que teve quase certeza de ter reconhecido. Se estava certo, este também era um exilado da Terra. Julgava que Brant e Kumar já o tinham esquecido quando foi surpreendido por uma mensagem no interfone subaquático.

— Estamos minutos. Tudo O.K.? subindo. Estaremos com você em vinte — Ótimo — respondeu Loren.

— Era um peixe da Terra o que eu vi ainda pouco? — Eu nem reparei.

— O tio está certo, Brant. Uma truta mutante de vinte quilos

passou há vinte minutos. Sua solda de arco a assustou. Eles agora tinham deixado o leito do mar e subiam lentamente ao longo da graciosa catenária da linha da âncora. Cinco metros antes da superfície, fizeram uma parada.

— Esta é a parte mais chata de qualquer mergulho — disse Brant.

— Nós temos que aguardar aqui por quinze minutos. Canal Dois por favor. Obrigado, mas não tão alto. A „música para descompressão” tinha sido provavelmente escolhida por Kumar e seu ritmo nervoso parecia muito pouco apropriado para a pacífica cena submarina. Loren deu graças a Deus por não estar imerso nela e ficou satisfeito por poder desligar a música assim que os dois mergulhadores começaram a subir novamente.

— Aí está um bom trabalho matinal — disse Brant enquanto subia para o convés.

— Corrente e voltagem normais. Podemos ir para casa agora. A ajuda inexperiente de Loren tentando auxiliá-los a retirar o equipamento foi bem recebida. Os dois homens estavam cansados e gelados, mas se recuperaram rapidamente após várias xícaras do líquido quente e doce que os lassanianos chamavam de „chá”, muito embora tivesse pouca semelhança com qualquer bebida terrestre do mesmo nome. Kumar ligou o motor e se colocou a caminho, enquanto Brant remexia na mistura confusa de equipamentos no fundo do barco até localizar uma pequena caixa colorida.

— Não, obrigado — disse Loren, enquanto ele lhe oferecia um dos tabletes levemente narcóticos.

— Não quero adquirir nenhum hábito local que seja difícil de quebrar. Ele lamentou a observação assim que a fez. Aquilo devia ter sido provocado por algum impulso perverso do subconsciente ou talvez por seu próprio sentimento de culpa. Mas Brant obviamente não se importara e deitou-se com as mãos sob a cabeça, olhando para o céu sem nuvens.

— Você pode ver a Magalhães durante o dia — disse Loren, ansioso para mudar de assunto —, se souber exatamente para onde olhar. Mas eu nunca fiz isso.

— Mirissa o faz com freqüência — revelou Kumar.

— E ela me mostrou como. Você só precisa ligar para a Astronet pedindo o tempo de trânsito e então sair em céu aberto e deitar de costas. É como uma estrela brilhante, bem acima da gente, e nem parece estar se movendo. Mas se você olha para longe, ainda que por um segundo, perde-a de vista. Inesperadamente Kumar diminuiu a velocidade por alguns minutos e então fez uma parada total. Loren olhou à volta para se orientar e ficou

surpreso, vendo que ainda se encontravam pelo menos a um quilômetro de Tarna. Havia outra bóia oscilando na água ao lado deles, com uma grande letra „P” e uma bandeira vermelha.

— Por que paramos? — perguntou Loren. Kumar deu uma risadinha e começou a esvaziar um pequeno balde pela borda do barco. Felizmente o balde estivera tampado até agora, seu conteúdo parecia-se suspeitamente com sangue, mas cheirando muito pior. Loren se afastou tanto quanto possível dos limites restritos do barco.

— Só estou chamando uma velha amiga — disse Brant baixinho.

— Sente-se e não faça nenhum ruído. Ela é bem nervosa.

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