Se Francis Bacon realmente foi o mesmo Conde de Saint Germain, não nos cabe afirmar. Certo é que o «Príncepe Rakoczy da Transilvânia» ou Conde de Saint Germain (1710/1784) foi a mais preeminente figura do ocultismo ocidental. Está cercado de um halo de lenda e mistério. É considerado um «homem que nunca morre». É provavel que seja o ser humano atualmente em atividade na face do planeta que realmente tenha entendido a essência da mensagem Crística e a tenha colocado em prática, dominando a morte de uma forma completamente oposta aos vampiros. A lenda lhe atribui vários séculos de idade. Onde quer que apareça, promove curas e possui faculdades paranormais além de qualquer coisa conhecida. Como grande ativista da Sociedade Branca consagrou-se ao progresso e elevação da humanidade.
Mais recentemente, Annie Besant (1847/1933) dedicou grande parte de sua obra ao esclarecimento de como enfrentar o vampirismo. Ela é continuadora da obra de Helena Blavastky e seria uma das reencarnações de Giordano Bruno. Sua profunda relação com a Índia trouxe consideráveis esclarecimentos ao problema dos mortos vivos com os estudos feitos junto a grandes faquires como Thara Bey. Thara Bey era egípcio e membro da seita dos coptas cristãos. Estudou medicina em Constantinopla. A Sociedade Teosófica, foi fundada por Helena Blavatsk em 17 de novembro de 1875.
Entre os mais influentes vampiros estão o Visconde Dicson Birmingham, que chegou a pertencer à Maçonaria Inglesa e foi morto em março de 1793, e o Barão Aurelius Kingsford — um dos autores da manobra para neutralizar Francis Bacon. Aurelius Kingsford desapareceu sem deixar rastros, após ser identificado publicamente como vampiro.
2. O Ramo Germânico
As duas principais dinastias germânicas são o Emmerich (Stuttgart) e Haushoffer (Berlim). O maior dos antigos vampiros alemães chamava-se Johhan Valentinus Andreae (Wurtemberg 1586, Stuttgart 1654).
Pertence à dinastia dos Emmerich. Foi diácono luterano em Vaihingen (1614) e superintendente da cidade de Kawl, cargo que teve que abandonar por causa da Guerra dos Trinta Anos. Introduziu grande confusão nos debates rosacruzes da época. Pertencia à Ordem e politicamente era necessário a seus interesses que ela se desorientasse. Escreveu «Turis Babel Sive Judiciorum de Fraternitate Rosae-Crucis Chaos», relativa aos julgamentos sobre a fraternidade. Tudo indica que a egrégora da Ordem conseguiu elimina-lo para sempre da face do planeta.
Da linhagem antiga da dinastia Haushoffer, o maior representante é, sem dúvida o Conde Benedict Carpzov Haushoffer (Wittenberg 1595, Leipzig 1666). Curiosamente é o autor do Maleus Maleficarum dos protestantes, chamado «Practica Nova Imperialis Saxonica Rerum Criminalum (1635). Suas obras exerceram grande influência nos processos de bruxaria e firmou milhares de sentenças de morte. Alimentava-se tranquilamente do sangue de suas vítimas, acobertado pelo cargo público; pois era Chanceler Privado em Dresde e membro da faculdade de jurisconsultos de Leipzing.
Os Alquimistas Fausto e Goethe
Fausto — o personagem que inspirou Goethe a escrever a obra prima da Cultura Alemã — teve existência real. Foi um mago do Séc. XVI famoso na lenda e na literatura. Existem provas suficientes de sua existência através de citações de J. Trithemius (1462/1516), K. Mudt (1513) e J. Wierus (1515/1588), que falam dele desdenhosamente, tratando-o como charlatão. J. Gast, no entanto, em seus «Sermones Convivales» (1543), atribuiu-lhe poderes sobrenaturais. Era astrólogo, alquimista, quiromante e advinho. Sua história foi contada 30 vezes antes de Goethe, em forma de romance de cordel. Somente Goethe conseguiu conferir-lhe universalidade suficiente para torna-la um dos grandes mitos universais eternos, símbolos da inquietude e ambições humanas. Já Goethe foi um dos maiores poetas líricos da humanidade e um dos grandes gênios de todos os tempos, ao lado de Da Vinci, Galileu e Kepler. Filiou-se à Maçonaria em Weimar em 1780. Nasceu em 1749. A vida de ambos — Fausto e Goethe — é uma mistura de ficção e realidade, onde um pacto de sangue com o demônio em troca da juventude (motivo central da obra «Fausto») é o arquétipo que representa a essência do desejo de qualquer vampiro. Cabe a Mefistófeles decidir se concede ou não o privilégio. Este detalhe é importante: um vampiro não tem nunca um poder como o de Mefistófeles. Apesar de poder pactuar com ele, como qualquer ser humano…
Vampirismo e Nazismo