Читаем A Fúria dos Reis полностью

O Bruxa e o Cavalo-Marinho tinham agora deslizado para os seus lugares, bem como o Garra Vermelha de Lorde Celtigar atrás deles. A estibordo do Senhora Marya de Allard encontravam-se as três galés que Stannis capturara do infeliz Lorde Sunglass, Piedade, Prece e Devoção, com os conveses repletos de arqueiros. Até o Peixe-Espada se aproximava, avançando pesadamente, aos balanços, através de um mar que engrossava, impulsionado tanto por velas como por remos. Um navio de tantos remos deveria ser muito mais rápido, Davos refletiu, desaprovando. É aquele esporão que transporta, é grande demais, o navio não tem equilíbrio.

O vento soprava em rajadas do sul, mas para navios que avançavam a remo não importava. Avançariam na maré cheia, mas os Lannister teriam a seu favor a corrente do rio, e a Torrente da Água Negra corria forte e rápida onde encontrava o mar. O primeiro choque iria inevitavelmente favorecer o inimigo. Somos loucos por confrontá-los na Água Negra, Davos pensou. Em qualquer encontro em mar aberto, as linhas de batalha da frota envolveriam a frota inimiga por ambos os flancos, empurrando-a para dentro, para sua destruição. Mas, no rio, o número e peso dos navios de Sor Imry seriam prejudiciais. Não podiam fazer mais de vinte navios avançarem lado a lado, para não se arriscarem a emaranhar os remos e a colidir uns com os outros.

Para lá da fileira de navios de guerra, Davos conseguia ver a Fortaleza Vermelha no topo da Colina de Aegon, escura contra um céu cor de limão, com a foz da Torrente abrindo-se por baixo. Do outro lado do rio, a margem sul estava negra de homens e cavalos, agitando-se como formigas irritadas ao vislumbrarem os navios que se aproximavam. Stannis devia ter mantido seus homens ocupados construindo jangadas e fazendo flechas, mas mesmo assim a espera teria sido difícil de suportar. Soaram trombetas entre eles, minúsculas e metálicas, rapidamente engolidas pelo rugido de um milhar de gritos. Davos fechou a mão deformada em volta da bolsa que continha os ossos de seus dedos e articulou uma prece silenciosa, pedindo sorte.

O próprio Fúria constituiria o centro da primeira linha de batalha, flanqueado por Lorde Steffon e Veado do Mar, ambos com duzentos remos. Nas alas de bombordo e estibordo dispunham-se os navios de cem remos: Senhora Harra, Peixe Brilhante, Lorde que Ri, Demônio do Mar, Honra Chifruda, Jenna Esfarrapada, Tridente Três, Espada Ligeira, Princesa Rhaenys, Focinho de Cão, Cetro, Fiel, Gralha Vermelha, Rainha Alysanne, Gato, Corajoso e Perdição de Dragão. Em todas as popas flutuava o coração flamejante do Senhor da Luz, vermelho, amarelo e laranja. Atrás de Davos e dos filhos vinha outra linha de navios de cem remos comandados por cavaleiros e capitães senhoriais, e depois o contingente de Myr, navios menores e mais lentos, nenhum deles com mais de oitenta remos. Mais para trás viriam os navios a vela, os galeões e as grandes e pesadas cocas, e, por fim, Salladhor Saan, em sua orgulhosa Valiriana, uma altaneira galé de trezentos remos, acompanhada pelo resto de suas galés com seu característico casco rajado. O extravagante principezinho liseno não ficara contente quando lhe foi atribuída a retaguarda, mas era claro que Sor Imry não confiava nele mais do que Stannis. Queixas demais e conversas demais a respeito do ouro que lhe era devido. Mesmo assim, Davos lamentava. Salladhor Saan era um velho pirata cheio de recursos, e sua tripulação era composta por marinheiros natos, destemidos em batalha. Eram desperdiçados na retaguarda.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. O chamado espalhou-se por sobre a espuma do mar e os remos agitados, vindo do castelo de proa do Fúria: Sor Imry fazia soar o toque de atacar. Auuuuuuuuuuuuuuuuuuu, auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.

Peixe-Espada tinha enfim se reunido à linha, embora ainda tivesse a vela desfraldada.

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