Читаем Gai-jin полностью

 


















James Clavell














GAI-JIN,



que significa estrangeiro, transcorre no Japão, em 1862.



Não é história, mas ficção. Muitos dos acontecimentos não ocorreram, segundo os historiadores e os livros de história, que nem sempre, necessariamente, relatam o que de fato aconteceu. Também não é sobre qualquer pessoa real, que viveu ou teria vivido, nem sobre qualquer companhia real. Reis, rainhas e imperadores são corretamente indicados, assim como uns poucos generais, e outras pessoas de posições elevadas. Além desses, joguei com a história — o onde, como, quem, por que e quando — para atender à minha própria realidade, e talvez contar a verdadeira história do que aconteceu.



A SAGA ASIÁTICA



consiste até agora, em:









1600......... XÓGUM





1841......... TAI-PAN





1862......... GAI-JIN





1945......... CHANGI





1963 ... ..... CASA NOBRE





1979 ......... TURBILHÃO




LIVRO UM



1







IOCOAMA







14 de setembro de 1862









A moça dominada pelo pânico galopava a toda velocidade na direção da costa, a menos de um quilômetro à frente, por caminhos precários através dos arrozais. O sol da tarde era forte. Ela montava sentada de lado, e embora normalmente fosse hábil na sela, hoje mal conseguia manter o equilíbrio. Perdera o chapéu, e o traje verde de equitação, o auge da moda parisiense, fora rasgado por espinhos, estava salpicado de sangue, os cabelos fulvos esvoaçavam ao vento.



Chicoteou o pônei para galopar ainda mais depressa. Já podia avistar agora as pequenas choupanas da aldeia de pescadores de Iocoama, ao longo da cerca alta e dos canais que delimitavam a colônia estrangeira, e as torres das duas pequenas igrejas que havia ali. Pensou, agradecida, que na baía além havia navios mercantes e uma dúzia de vasos de guerra, britânicos, franceses, americanos e russos, tanto a vapor quanto a vela.





Mais depressa. Pelas estreitas pontes de madeira, canais e valas de irrigação, que se cruzavam pelos arrozais e pântanos. O pônei espumava de suor, tinha um ferimento profundo no flanco, e parecia cada vez mais cansado. Refugou de repente. No pior momento possível, mas ela recuperou o controle e entrou agora no caminho que passava pela aldeia e seguia até a ponte sobre o canal que cercava a colônia, o portão principal, a casa da guarda dos samurais e a alfândega japonesa.





As sentinelas samurais, armadas com duas espadas, viram-na se aproximando e se adiantaram para interceptá-la, mas ela passou direto pelo meio delas, entrando na rua principal da colônia, à beira do mar. Um dos guardas samurais correu para um oficial. Ela parou o cavalo, ofegante.





Au secours! À Vaide! Socorro!



A rua se encontrava quase deserta, a maioria dos habitantes na sesta, bocejando nas casas de contabilidade ou se divertindo nas casas do prazer, além da cerca.



— Socorro! — gritou ela de novo, várias vezes.



Os poucos homens espalhados por ali, mercadores britânicos, soldados e marujos de folga, em sua maioria, alguns criados chineses, viraram-se em sua direção, aturdidos.



— Deus Todo-Poderoso! Olhe só! É a moça francesa...



— O que terá acontecido? Ei, vejam suas roupas...



— É ela mesmo, a linda, Peitos-de-Anjo, chegou há poucas semanas...



— Tem razão, é Angelique... Angelique Beecho ou Reecho, um nome francês parecido...



— Por Deus, olhem só para o sangue!



Todos começaram a convergir para a moça, exceto os chineses, que haviam se tornado sábios depois de milênios de problemas súbitos, e trataram de desaparecer. Rostos começaram a surgir nas janelas.



— Charlie, vá correndo chamar Sir William!



— Cristo Todo-Poderoso, olhem para seu pônei, o pobre animal vai sangrar até a morte! — gritou um corpulento mercador. — Chamem o veterinário! E você, soldado, vá chamar o general e o francês, pois ela é sua protegida... ora, pelo amor de Deus, o ministro francês! Depressa!



Impaciente, ele apontou uma casa de um só andar, em que estava hasteada a bandeira francesa, e repetiu:



— Depressa!



O soldado saiu correndo, passando pela moça, tão rápido quanto podia. Como todos os mercadores, aquele também usava uma cartola e uma sobrecasaca de lã, calça justa e botas, e suava ao sol.



— O que aconteceu, Srta. Angelique? — indagou ele, segurando as rédeas, horrorizado com a sujeira e sangue em seu rosto, cabelos e roupas. — Está ferida?





Moi, non... não, acho que não... mas fomos atacados... japoneses nos atacaram.



Ela se esforçava para recuperar o fôlego e parar de tremer, ainda dominada pelo terror. Empurrou os cabelos para trás. Num gesto de urgência, apontou para o interior, na direção oeste. Podia-se divisar, vagamente, o monte Fuji no horizonte.



— Lá atrás! Depressa! Eles precisam de ajuda!



Os homens nas proximidades estavam consternados e ruidosamente começaram a transmitir as meias notícias para os outros, e a fazer perguntas: Quem? Quem foi atacado? São franceses ou britânicos? Atacados? Onde? Os desgraçados de duas espadas de novo! Onde isso aconteceu...





Перейти на страницу:

Все книги серии Asian Saga (pt)

Похожие книги

Морской князь
Морской князь

Молод и удачлив князь Дарник. Богатый город во владении, юная жена-красавица, сыновья-наследники радуют, а соседи-князья… опасаются уважительно.Казалось бы – живи, да радуйся.Вот только… в VIII веке долго радоваться мало кому удается. Особенно– в Таврической степи. Не получилось у князя Дарника сразу счастливую жизнь построить.В одночасье Дарник лишается своих владений, жены и походной казны. Все приходится начинать заново. Отделять друзей от врагов. Делить с друзьями хлеб, а с врагами – меч. Новые союзы заключать: с византийцами – против кочевников, с «хорошими» кочевниками – против Хазарского каганата, с Хазарским каганатом – против «плохих» кочевников.Некогда скучать юному князю Дарнику.Не успеешь планы врага просчитать – мечом будешь отмахиваться.А успеешь – двумя мечами придется работать.Впрочем, Дарнику и не привыкать.Он «двурукому бою» с детства обучен.

Евгений Иванович Таганов

Фантастика / Приключения / Альтернативная история / Попаданцы / Исторические приключения
Двор чудес
Двор чудес

В жестоких городских джунглях альтернативного Парижа 1828 года Французская революция потерпела поражение. Город разделен между безжалостной королевской семьей и девятью преступными гильдиями. Нина Тенардье – талантливая воровка и член гильдии Воров. Ее жизнь – это полуночные грабежи, бегство от кулаков отца и присмотр за своей названой сестрой Этти.Когда Этти привлекает внимание Тигра, безжалостного барона гильдии Плоти, Нина оказывается втянутой в отчаянную гонку, чтобы защитить девочку. Клятва переносит Нину из темного подполья города в сверкающий двор Людовика XVII. И это заставляет ее сделать ужасный выбор: защитить Этти и начать жестокую войну между гильдиями или навсегда потерять свою сестру из-за Тигра…

Виктор Диксен , Ирина Владимировна Одоевцева , Кестер Грант , Мишель Зевако

Фантастика / Приключения / Приключения / Исторические приключения / Фэнтези