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O rosto pálido, ele estudou as pessoas que passavam pela estrada; todas tomavam o cuidado de não olhar em sua direção, mas observavam tudo.

Aquela estrada de terra batida, bem cuidada, estava atulhada de fluxos disciplinados de viajantes, para e de ledo, que um dia seria chamada de Tóquio. Homens, mulheres e crianças, de todas as idades, ricos e pobres, todos japoneses, à exceção de um ou outro chinês numa túnica comprida. A predominância era de homens todos usando quimonos, de vários estilos e modéstia, com muitos chapéus diferentes, de pano e palha. Mercadores, carregadores seminus, monges budistas de túnica laranja, camponeses indo e vindo do mercado, profissionais itinerantes, adivinhos, escribas, mestres e poetas. Muitas liteiras e palanquins, de todos os tipos, para pessoas ou objetos, com dois, quatro, seis ou oito carregadores. Os poucos samurais na multidão lançavam olhares rancorosos para os estrangeiros ao passarem.

— Eles sabem quem fez isso — comentou McFay.

— Claro. Matyeryebitz’. — Dmitri Syborodin, o americano, corpulento, cabelos castanhos, de trinta e oito anos, mal vestido, amigo de Canterbury, estava fervendo de raiva. — Será muito fácil obrigar um deles a falar.

Foi então que notaram uma dúzia, ou mais, de samurais parados na estrada, formando um grupo, mais adiante, a observá-los. Muitos tinham arco e flecha, e todos os ocidentais sabiam como os samurais eram hábeis arqueiros.

— Não será tão fácil, Dmitri — disse McFay.

Pallidar, o jovem oficial dos dragões, interveio na conversa, em tom incisivo:

— Seria bem fácil dominá-los, Sr. McFay, mas também seria uma imprudência, sem permissão... a menos que nos ataquem, é claro. Estão seguros.

Settry Pallidar designou um dos dragões para ir chamar um destacamento no acampamento e trazer um caixão. O americano ficou visivelmente irritado com sua arrogância.

— É melhor começar a procurar nos campos ao redor — acrescentou o oficial. — Meus homens ajudarão quando chegarem. É bem provável que os outros dois estejam feridos em algum lugar.

McFay estremeceu, gesticulando para o cadáver.

— Ou como ele?

— Talvez, mas devemos torcer pelo melhor. Vocês três procuram por este lado, os outros devem se espalhar e...

— Ei, Jamie! — gritou Dmitri, interrompendo-o, numa atitude deliberada, porque detestava oficiais, uniformes e soldados, em particular os britânicos. — Você e eu podemos dar um pulo a Kanagawa... talvez alguém em nossa legação saiba de alguma coisa.

Pallidar ignorou a hostilidade, compreendendo-a, pois conhecia a excelente folha de serviços do americano. Dmitri era um americano de origem cossaca, ex-oficial de cavalaria do exército dos Estados Unidos, cujo avô fora morto em combate com os ingleses na guerra americana de 1812.

— Kanagawa é uma boa idéia, Sr. McFay — disse ele. — Devem saber por lá o que era a coluna de samurais, e quanto mais cedo descobrirmos quem foi o culpado, melhor. O ataque deve ter sido ordenado por um de seus reis ou príncipes. Desta vez poderemos identificar o bastardo, e que Deus o ajude.

— Que Deus faça todos os bastardos apodrecerem — disse Dmitri, insinuante.

Mais uma vez, o capitão no uniforme esplendoroso não reagiu à provocação, mas também não deixou passar em branco.

— Tem toda razão, Sr. Syborodin — respondeu ele, calmamente. — E qualquer homem que me chamar de bastardo terá de arrumar logo um padrinho, uma pistola ou uma espada, uma mortalha e alguém para enterrá-lo. Sr. McFay, terá tempo suficiente antes do pôr-do-sol. Esperarei aqui até meus homens chegarem, e depois entraremos também na busca. Se descobrir alguma coisa em Kanagawa, mande me avisar, por favor.

Pallidar tinha vinte e quatro anos e idolatrava seu regimento. Com um desdém mal disfarçado, ele olhou para o grupo irregular de mercadores.

— Sugiro que o resto de vocês... cavalheiros... iniciem as buscas por aqui. Espalhem-se, mas permaneçam em contato visual. Brown, leve este grupo para revistar aquele bosque. Sargento, você assume o comando.

— Sim, senhor. Vamos embora, pessoal.

McFay tirou o casaco, estendeu-o sobre o corpo e tornou a montar. Com seu amigo americano, seguiu a galope para o norte, na direção de Kanagawa, a pouco mais de um quilômetro e meio de distância.

O oficial dos dragões ficou sozinho. Com toda frieza, continuou montado em seu cavalo, ao lado do cadáver, observando os samurais, que sustentaram seu olhar. Um deles mexeu no arco, talvez uma ameaça, talvez não. Pallidar permaneceu imóvel, o sabre solto na bainha. Os raios de sol faiscavam nos alamares dourados. As pessoas passando pela Tokaidô afastavam-se apressadas, em silêncio, amedrontadas. O cavalo escavou o chão, nervoso, fazendo os arreios retinirem.

Isto não é como os outros ataques, os ataques isolados, pensou ele, com uma raiva crescente. Vai haver a maior repercussão por causa disso, atacar aqueles quatro, inclusive uma mulher, e matar um inglês de uma forma tão abominável.

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