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— Boa noite, e não se preocupe mais.

— Obrigada.

Angelique pôs a tranca na porta, foi até a janela, abriu-a. O cansaço a envolveu. O ar noturno era quente e agradável, a lua se tornara alta agora. Ela tirou o peignoir, enxugou-se, ansiosa em dormir. A camisola ficara úmida, grudava na pele, ela gostaria de trocá-la, mas não trouxera outra. Lá embaixo, o jardim era vasto, povoado por sombras, com árvores aqui e ali, uma pequena ponte sobre um regato. Uma brisa acariciava as copas das árvores. Muitas sombras ao luar. Algumas se mexiam, outras não.

5

Os dois jovens viram-na no momento em que apareceu na porta do jardim, a quarenta metros de distância. O ponto de emboscada fora escolhido com o maior cuidado, e lhes proporcionava uma boa vista de todo o jardim, além do portão principal, a casa da guarda e as duas sentinelas que vigiavam. Assim que a moça apareceu, eles se ocultaram ainda mais na folhagem, atônitos com a sua presença, ainda mais atônitos pelas lágrimas que escorriam por suas faces. Shorin sussurrou:

— Mas o que...

Ele não continuou. Uma patrulha de um sargento e dois soldados, os primeiros a entrarem em sua armadilha, contornou o canto distante do jardim, aproximando-se pelo caminho que seguia ao longo dos muros. Os dois se prepararam, depois ficaram imóveis, os trajes pretos, quase colados na pele, cobrindo seus corpos por completo, à exceção dos olhos, e tornando-os quase invisíveis.

A patrulha passou a menos de dois metros, e os dois shishi poderiam ter atacado, com facilidade e em segurança, de sua emboscada. Shorin — o caçador, o guerreiro, o líder em combate, enquanto Ori era o pensador e planejador — escolhera o local, mas Ori decidira que só atacariam uma patrulha de um ou dois homens, a menos que houvesse uma emergência, ou tentassem impedi-los de entrar no arsenal.

— Independente do que fizermos desta vez, devemos permanecer em silêncio — dissera ele antes. — E ser pacientes.

— Por quê?

— Esta é a legação deles. Segundo os seus costumes, isso significa que é um território que lhes pertence... guardada por soldados de verdade. Portanto, somos invasores. Se tivermos êxito, vamos deixá-los muito assustados. Se nos pegarem, fracassamos.

Da emboscada, eles observaram a patrulha se afastar, notando a maneira silenciosa e cuidadosa com que os homens se moviam. Ori sussurrou, apreensivo:

— Nunca vimos esse tipo antes... soldados tão bem treinados e disciplinados. Numa batalha, concentrados, teríamos a maior dificuldade contra eles e suas armas.

Shorin assegurou:

— Sempre venceremos. Teremos as armas em breve, de um jeito ou de outro, de qualquer forma o bushido e nossa coragem podem liquidá-los. Somos capazes de derrotá-los com a maior facilidade. — Ele se sentia muito confiante. — de ríamos ter matado os homens da patrulha e nos apoderado de suas armas. Depois me sinti contente por não termos feito isso, pensou Ori, bastante apreensivo. O braço doía muito; podia simular indiferença, mas sabia que não seria capaz de sustentar a longa espada de combate.

— Se não fosse por estas roupas, eles teriam nos visto — murmurou Ori, tornando a olhar para a moça.

— Poderíamos matar os três com a maior facilidade, pegado suas carabinas, e saltado o muro de volta.

— Aqueles homens são muito bons, Shorin, não mercadores estúpidos.

Ori evitou qualquer tom de provocação na voz, como sempre, não querendo ofender o amigo, nem ferir seu orgulho sensível, precisando de suas qualidades, tanto quanto Shorin necessitava das que ele possuía. Além do mais, não esquecera que Shorin desviara a bala que o teria matado, na Tokaidô.

— Temos tempo suficiente. Ainda faltam pelo menos duas velas para o amanhecer. — O que representava em torno de quatro horas. Ori gesticulou para a porta. — De qualquer forma, ela daria o alarme.

Shorin respirou fundo.

— Mas que estupidez a minha! Você tem razão... mais uma vez. Desculpe. Ori concentrou toda a sua atenção na mulher, indagando a si mesmo: O que há nela que me perturba e me fascina?

Eles viram o gigante surgir ao lado da mulher. Pelas informações recebidas na estalagem, sabiam que era o famoso médico inglês que realizava curas milagrosas em qualquer um que procurasse seus serviços, não apenas a sua gente, mas também os japoneses. Ori daria qualquer coisa para entender o que o médico disse à moça. Ela enxugou as lágrimas, tomou o que o gigante lhe deu, obediente, depois deixou que ele a levasse pelo corredor, a porta sendo fechada e trancada. Ori murmurou:

— Espantoso... o gigante e a mulher.

Shorin fitou-o, percebendo algo estranho que o perturbava, ainda furioso consigo mesmo por ter esquecido a moça, quando a patrulha se aproximara. Só dava para ver os olhos do amigo, e nada conseguiu ler ali.

— Vamos para o arsenal, Ori — sussurrou ele, impaciente — ou atacar a Próxima patrulha.

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