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- Pode ser. Mas fax sentido. você já parou para ver o que os homens com que esteve na cama sentiam?


- Sim, parei: todos estavam inseguros. Sentiam medo. - Pior que medo. Eram vulneráveis. Não entendiam direito o que estavam fazendo, sabiam apenas o que a comunidade, os amigos, as próprias mulheres diziam que era importante. "Sexo, sexo, sexo", essa é a base da vida, grita a propaganda, as pessoas, os filmes, os livros. Ninguém sabe do que está falando. Sabem já que o instinto é mais forte que todos nós - que aquilo tem que ser jeito. Pronto. Chega. Eu tentara dar lições de sexo para me proteger, ele fazia o mesmo, e por mais que nossas palavras fossem sábias - já que um sempre queria impressionar 0 outro ; isso era tão estúpido, tão indigno de nossa relação! Eu o puxe i até mim porque - independentemente do que ele tinha para dizer, ou do que eu pensasse a respeito de mim mesma - a vida já me ensinara muita coisa. No início dos tempos, tudo era amor, era entrega. Mas logo em seguida, a serpente aparece para Eva e diz: o que você entregou, você irá perder. Assiras foi comigo - fui expulsa do paraíso ainda na escola, e desde então procurei uma maneira de dizer à serpente que ela estava errada, que viver era mais importante do que guardar para si. Mas a serpente estava certa, e eu estava errada. Me ajoelhei, tirei aos poucos suas roupas, e vi que seu sexo estava ali, dormente, sem reagir. Ele parecia não se incomodar com isso, e eu beijei a parte interior de suas pernas, começando dos pés. O sexo começou a reagir lentamente, e eu o toquei, depois o coloquei em minha boca, e - sem pressa, sem que ele interpretasse isso como "vamos, prepare-se para agir!" - beijei-o com o carinho de quem não espera nada, e justamente por isso, consegui tudo. Vi que ficava excitado, e começou a tocar o bico de meus seios, girando-os como naquela noite de total escuridão, me deixando com vontade de tê- lo de novo entre minhas pernas, ou em minha boca, ou como desejasse ou quisesse me possuir. Ele não retirou meu casaco; fez com que eu me inclinasse de bruços sobre a mesa, com as pernas ainda


apoiadas no chão. Penetrou-me lentamente, desta vez sem ansiedade, sem medo de me perder - porque no fundo também ele já tinha entendido que aquilo era um sonho, e ia permanecer para sempre como um sonho, jamais como realidade. Ao mesmo tempo em que sentia seu sexo dentro de mim, sentia também sua mão nos seios, nas nádegas, e tocando- me como só uma mulher sabe fazer. Então entendi que éramos feitos um para o outro, porque ele conseguia ser mulher como agora, e eu conseguia ser homem como quando conversamos ou nos iniciamos mutuamente no encontro das duas almas perdidas, dos dois fragmentos que faltavam para completar o universo. À medida que ele me penetrava e me tocava ao mesmo tempo, senti que não estava fazendo isso apenas a mim, mas a todo o universo. Tínhamos tempo, ternura e conhecimento um do outro. Sim, tinha sido ótimo chegar com duas malas, o desejo de partir, ser imediatamente jogada no chão e penetrada com violência e medo; mas também era bom saber que a noite não acabaria nunca, e agora ali, na mesa da cozinha, o orgasmo não era o fim em si, mas o início deste encontro.

Seu sexo ficou imóvel dentro de mim, enquanto seus dedos moviam-se rapidamente, e


eu tive o primeiro, depois o segundo, e o terceiro orgasmo seguidos. Tinha vontade de empurrá-lo, a dor do prazer é tão grande que machuca, mas agüentei firme, aceitei que era assim, que eu podia agüentar mais um orgasmo, ou mais dois, ou mais ... ... e de repente, uma espécie de luz explodiu dentro de mire. Não era mais eu mesma, mas um ser infinitamente superior a tudo que eu conhecia. Quando sua mão me levou ao quarto orgasmo, entrei em um lugar onde tudo parecia em paz, e no meu quinto orgasmo conheci Deus. Então senti que ele recomeçava a mexer o seu sexo dentro do meu, embora sua mão não tivesse parado, e disse "meu Deus", me entreguei a qualquer coisa, o inferno ou o paraíso.


Mas era o paraíso. Eu era a terra, as montanhas, os tigres, os rios que corriam até os lagos, os lagos que se transformavam em mar. Ele se movia cada vez mais rapidamente, e a dor se misturava com prazer, eu podia dizer "não agüento mais", mas não seria justo - porque a esta altura, eu e ele éramos a mesma pessoa. Deixei que me penetrasse pelo tempo que fosse necessário, suas unhas agora estavam cravadas nas minhas nádegas, e eu ali de bruços, na mesa da cozinha, pensando que não existia melhor lugar no mundo para fazer amor. De novo o barulho da mesa, a respiração cada vez mais rápida, as unhas machucando, e o meu sexo batendo com força no sexo dele, carne com carne, osso com osso, eu ia de novo para um orgasmo, ele ia também, e nada disso - nada disso era MENTIRA!


- Vamos!


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