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Absolutamente nenhum. O padre britânico fala um pouco, mas não podemos usá-lo, porque os japoneses detestam todos os missionários e sacerdotes. Temos três pessoas que falam holandês na colônia, um holandês, um suíço, que serve como nosso intérprete, e um mercador da colônia do Cabo. Nenhum deles é cidadão britânico. Na colônia, falamos uma espécie de língua franca, conhecida como pidgin, da mesma forma que em Hong Kong e Cingapura, e também em outros portos do Tratado da China.

— Era usada também em Pequim.

Babcott percebeu a irritação na voz, mas ainda mais o perigo iminente. Levantou os olhos, compreendeu no mesmo instante que Tyrer se encontrava à beira de um colapso, prestes a vomitar de novo, a qualquer momento.

— Está fazendo um bom trabalho — disse ele, procurando animar o jovem. Depois, empertigou-se para atenuar a dor nas costas, o suor escorrendo pelo corpo. Tornou a se inclinar. Com todo cuidado, ajeitou o intestino costurado na cavidade, passou a dar pontos em outro corte, de dentro para fora.

— Gostou de Pequim? — indagou ele, sem se importar, mas querendo que Tyrer continuasse a falar. Melhor do que uma explosão, pensou Babcott. Não posso cuidar dele até fechar o ferimento deste pobre coitado. — Nunca estive lá. O que achou da cidade?

— Eu... ahn... gostei muito. — Tyrer tentava manter o controle, em meio a uma dor de cabeça terrível. — Os manchus mostram-se bastante submissos no momento, e por isso podemos ir a qualquer lugar que quisermos, com toda segurança.

Os manchus, uma tribo nômade da Manchúria, haviam conquistado a China em 1644, e agora reinavam como a dinastia Ching.

— Podíamos passear a cavalo sem... sem problemas... os chineses não eram... muito cordiais, mas... — O ar abafado e o cheiro se tornaram excessivos. Um espasmo dominou Tyrer, ele foi vomitar e voltou logo, ainda nauseado. — Desculpe.

— Estava falando sobre os manchus.

Subitamente, Tyrer teve vontade de gritar que não estava interessado nos manchus, em Pequim, ou qualquer outra coisa, que só queria sair correndo do mau cheiro, escapar de sua própria impotência.

— Ora, que se danem...

— Fale comigo! Fale!

— Fomos informados que... que normalmente eles são arrogantes e detestáveis, e é óbvio que os chineses acalentam um ódio mortal aos manchus.

A voz de Tyrer era apática, porém quanto mais ele se concentrava em falar, menor era o ímpeto para fugir, e continuou, embora hesitante:

— Parece que todos estão apavorados com a possibilidade de a rebelião Tai’ping se irradiar de Nanquim e acabar alcançando Pequim, pois seria o fim de...

Ele parou, escutando atentamente. Tinha um gosto horrível na boca, a cabeça latejava cada vez mais.

— O que foi?

— Tive a impressão de ouvir alguém gritar.

Babcott prestou atenção, nada ouviu.

— Continue a falar sobre os manchus.

— Ahn... há um medo muito grande da rebelião Tai’ping. Os rumores são de que mais de dez milhões de camponeses foram mortos ou morreram de fome nos últimos dez anos. Mas a situação é tranqüila em Pequim... claro que a ação das forças britânicas e francesas, Saquêando e incendiando o Palácio de Verão, há dois anos, por ordem de Lorde Elgin, como represália, também ensinou uma lição que os manchus não vão esquecer tão depressa. Nunca mais vão assassinar cidadãos britânicos levianamente. Não é o que Sir William vai ordenar aqui? Uma represália?

— Se soubéssemos contra quem desfechar a represália, já teríamos começado. Mas contra quem? Não se pode bombardear Iedo porque uns poucos assassinos desconhecidos...

Vozes iradas interromperam-no, do sargento inglês e o som gutural de japoneses. Aporta foi aberta abruptamente por um samurai. Por trás dele, dois outros ameaçavam o sargento, suas espadas meio fora das bainhas, enquanto dois granadeiros lhes apontavam seus rifles de carregar pela culatra. O quarto samurai, um homem mais velho, entrou na sala. Tyrer recuou para a parede, apavorado, recordando a morte de Canterbury.

Kinjiru! — berrou Babcott.

Todos ficaram imóveis. Por um momento, parecia que o homem mais velho, furioso agora, ia desembainhar sua espada e atacar. Mas Babcott virou-se e confrontou-os, um bisturi no punho enorme, sangue nas mãos e no avental, gigantesco e diabólico.

Kinjiru! — ordenou ele outra vez, apontando com o bisturi. — Saiam! Dete. Dete... dozo.

Babcott lançou um olhar irado para todos, depois virou-lhes as costas, e continuou a costurar e limpar o ferimento.

— Sargento, leve-os para a sala de recepção... polidamente.

— Sim, senhor.

Através de sinais, o sargento chamou os samurais, que conversaram entre si, visivelmente zangados.

Dozo — murmurou o sargento, várias vezes. — Venham comigo, seus desgraçados nojentos!

Ele tornou a fazer sinais. O samurai mais velho acenou para os outros, autoritário, e saiu da sala. No mesmo instante, os outros três fizeram uma reverência e o seguiram.

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