Читаем Gai-jin полностью

— Em Iedo. Na sua casa grande em Iedo. Quando nós encontrar primeira vez.



— Oh, Deus!



Tudo voltou agora — o rude samurai que insistira em revistar a legação, quando se encontravam cercados e trancados, antes da evacuação, Hiraga escapando numa maca, disfarçado como um paciente de varíola.



— O que foi agora? — perguntou Jamie.



Tyrer contou. Por cima do ombro de Tyrer, Jamie constatou que o oficial os observava. Sua ansiedade aumentou. — Ele parece curioso demais.



— Posso reconhecê-lo agora — murmurou Tyrer. — Seria melhor se nós... Olhe, lá está!



O cúter surgiu da escuridão, as luzes de navegação acesas, mas quase indistintas. O contramestre acenou, eles acenaram em resposta. As ondas batendo no cais os salpicavam com borrifos.



— Tratem de embarcar o mais depressa possível — disse Jamie, num excitamento cada vez maior.



Phillip o convencera de que Hiraga não era um assassino, mas alguém que lutava pela liberdade. Além disso, já testemunhara pessoalmente como Hiraga podia ser útil. Agora, tinha ainda mais certeza do quanto um shishi e amigo que falava inglês poderia ser valioso no futuro, em particular se tivesse sido orientado e ajudado por ele. Até preparara um dossiê sobre pessoas que Hiraga deveria procurar na Inglaterra e Escócia, aonde ir, o que ver, e tencionava explicar tudo isso antes da partida do navio.



Phillip é um gênio, pensou ele, soltando uma risadinha. Foi nesse instante que olhou para trás e prendeu a respiração. O oficial japonês aproximava-se pelo cais.



— Por Deus, o patife está vindo para cá!



Todos olharam para o homem e depois para o cúter. Não havia a menor possibilidade de o barco chegar antes do capitão.



— Estamos perdidos!



Hiraga já chegara à mesma conclusão. Puxou os quimonos que cobriam suas espadas.



— Akimoto, vamos matá-lo!



— Esperar! Ficar aqui!



Tyrer entregou a Hiraga um envelope grande, que continha cartas de apresentação a seu pai e tio, também a um advogado e o diretor de sua universidade.



— Eu ia explicar tudo a eles no cúter — disse Tyrer, falando depressa. — Não há mais tempo agora. Jamie, faça isso por mim.



Ele fitou Hiraga nos olhos, pela última vez, estendeu a mão.



— Obrigado. Serei sempre seu amigo. Volte são e salvo.



Tyrer sentiu o aperto firme, divisou um breve sorriso, depois virou-se, com um suor frio, e partiu ao encontro do inimigo.



O capitão já percorrera a metade do cais quando Tyrer postou-se à sua frente, no meio da passagem, e fez uma reverência formal. Um grunhido, o homem hesitou, a mão no punho da espada longa, depois respondeu com outra reverência. Quando ele tentou passar, Tyrer fez uma nova reverência e disse, em seu melhor japonês, deliberadamente solene:



— Ah, senhor oficial, eu querer dizer como samurais combater bem o fogo. Lembrar de Iedo, sim? Por favor, desculpar, em nome meu superior, chefe gai-jin no Nipão, aceitar grande agradecimento por salvar todas casas nossas.



— Obrigado, mas agora eu quero ver...



— Ver? Olhar ali, senhor oficial!



Tyrer apontou na direção da cidade e ao redor, seu japonês se tornando cada vez mais incompreensível, dando um passo para o lado, cada vez que o homem tentava contorná-lo.



— Ver o que fogo...



— Saia da frente! — disse o samurai, furioso, a respiração com o cheiro de daikon. — Saia da frente!



Mas Tyrer fingiu não entender, sacudiu os braços para bloqueá-lo, tentando dar a impressão de que não era intencional, tomando cuidado para não tocá-lo, ao mesmo tempo em que dizia como a devastação fora terrível e como os samurais haviam demonstrado grande competência... Jamie e os outros se encontravam às suas costas, e por isso não tinha como calcular quanto tempo ainda precisava ganhar.



Baka! — rosnou o oficial.



Tyrer viu o rosto do homem se contrair em raiva e preparou-se para o golpe, mas nesse instante ouviu Jamie berrar:



— Vamos partir logo, pelo amor de Deus!



O capitão empurrou-o para o lado, bruscamente, e correu na direção do barco. Ofegando, Tyrer recuperou o equilíbrio e virou-se para avistar o cúter fazendo a volta, a toda velocidade, os três homens abaixados na cabine, o contramestre na casa do leme, um marujo na proa, as luzes na cabine apagadas no instante em que o samurai alcançou a extremidade do cais, gritando para que voltassem, a ordem abafada pelo barulho do motor. Um momento antes de as luzes se apagarem e de Hiraga e Akimoto virarem as costas, Tyrer teve a impressão de que podia ver seus rostos com toda nitidez... e se os vira, o oficial também vira.



— É minha imaginação — murmurou Phillip, já se afastando, no andar mais rápido de que era capaz.



Ergueu o chapéu para os samurais em torno da fogueira, que responderam de uma maneira superficial, e ao ouvir o grito do capitão, “Ei, você! Venha cá!”, já estava se fundindo com a multidão. Quando achou que era seguro, desatou a correr e só voltou a respirar quando se encontrava são e salvo na legação.



— Por Deus, Phillip! — exclamou Bertram, os olhos arregalados. — O que aconteceu?



— Ora, vá se foder! — balbuciou Tyrer, ainda aflito com a fuga por um triz.



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