Читаем Gai-jin полностью

— Mas, anjin-sama, você não ter medo? Se homem livre no navio, depois do insulto, não ter medo esse homem assassinar você?



Johnny Twomast riu.



— Ele seria enforcado, tão certo quanto Deus fez as maçãs. O motim é punido com a morte. Ordenarei que a tripulação não provoque vocês e vocês não provocam os homens... isso também é importante. Compreende?



— Eu compreender, anjin-sama — respondeu Hiraga, embora só compreendesse parcialmente, sua cabeça doendo.



— Qualquer problema, falem comigo. Nada de brigas, a menos que sejam atacados. Suas armas, por favor.



Relutante, Hiraga entregou as espadas envoltas por quimonos. E a pistola.



Mister!



A porta do camarote foi aberta.



— Pois não, senhor?



— Esses dois vão ficar no camarote do terceiro-imediato. Eu os levarei até lá.



Jamie levantou-se e estendeu a mão para Hiraga.



— Desejo uma viagem segura. Podem me escrever quando quiserem, e para Phillip... Taira-sama. Como eu expliquei, escreverei para meu banco, o Hong Kong Bank, no Mall. Está tudo nos papéis que entreguei a você, junto com a maneira de receber ou enviar correspondência. Não espere uma resposta por quatro meses. Boa sorte e um retorno seguro.



Eles trocaram um aperto de mão. Jamie fez a mesma coisa com Akimoto.



— Venham comigo, vocês dois — disse Twomast. Ele seguiu na frente pelo corredor, abriu uma porta.



— Vão dormir aqui e ficar fora de vista. O Sr. McFay não quer que sejam reconhecidos. Depois de Hong Kong, será mais fácil.



Twomast fechou a porta.







Em silêncio, Hiraga e Akimoto olharam ao redor. Era mais um armário do que um quarto. O espaço mal dava para ficarem de pé. Havia um lampião a óleo aceso. Dois beliches imundos, um por cima do outro, encostados na antepara, com gavetas por baixo. Colchões de palha sujos, cobertores de lã. Mau cheiro. Botas de borracha, roupas por lavar espalhadas. Impermeáveis de tempestade penduradas em ganchos.



— Para que servem essas coisas? — perguntou Akimoto, aturdido.



— É alguma espécie de roupa; mas muito rígida. Como se pode lutar com uma coisa assim? Eu me sinto nu sem as espadas.



— Eu me sinto como a morte, não apenas nu.



O convés balançava sob seus pés, podiam ouvir homens gritando ordens, outros cantando, enquanto preparavam o navio para o mar, o motor ruidoso fazendo vibrar o convés e anteparas, o cheiro desagradável de fumaça de carvão e óleo, o ar abafado, parecendo sufocá-los. O convés tornou a se inclinar, quando uma âncora foi recolhida, e Hiraga cambaleou contra os beliches, sentou no de baixo.



— Acha que é aí que devemos dormir?



— Onde mais? — murmurou Akimoto.



Os olhos aguçados, ele puxou o cobertor todo amarrotado. Todos os cantos do colchão estavam povoados por colônias de percevejos, vivos e mortos, a lona áspera manchada de sangue antigo, onde gerações haviam sido esmagadas. Ele conseguiu não vomitar.



— Vamos desembarcar — resmungou Akimoto. — Já vi o suficiente.



— Não — disse Hiraga, prevalecendo sobre seu próprio medo. — Realizamos um milagre, conseguimos escapar do Bakufu e de Yoshi e estamos partindo para o território do inimigo como convidados. Podemos espionar seus segredos e aprender como destruí-los.



— Aprender o quê? Como açoitar um homem até a morte, como viver nesta cloaca por meses? Viu como o capitão se retirou na maior grosseria, sem responder à nossa reverência? Vamos embora... mesmo que tenhamos de nadar até a praia!



Akimoto pôs a mão na maçaneta, mas Hiraga segurou-o pela camisa e puxou-o de volta.



— Não!



Akimoto gritou com ele, desvencilhou-se, chocou-se com a porta. Não havia espaço nem para lutar.



— Você não é mais um dos nossos! Foi infectado pelos gai-jin! Deixe-me ir! É melhor morrer civilizado do que viver assim!



Subitamente, Hiraga ficou paralisado. O tempo parou. Pela primeira vez, compreendia a enormidade em que lançara os dois: o mundo exterior, o mundo bárbaro, longe de tudo o que era civilizado, deixando para trás tudo o que valia a pena, sonno-joi, Choshu, shishi, família, sem ter ainda esposa e filhos... ah, minha brava e maravilhosa Sumomo, como sinto sua falta, tornaria minha partida mais fácil, mas agora...



Seu corpo começou a tremer, o coração batendo forte, a respiração sufocada, cada parte de seu ser clamando para que fugisse daquele inferno, que representava tudo o que detestava. Se Londres também era assim, qualquer coisa seria melhor, absolutamente qualquer coisa. Ele empurrou Akimoto para o lado, avançou para a porta. Mas parou.



— Não — balbuciou ele. — Suportarei isto! Tenho de suportar! Suportarei por sonno-joi. Devemos fazer isso por sonno-joi, primo. Mas não importa o que venha a acontecer, morreremos como samurais, faremos nossos poemas de morte, e os faremos agora, neste momento, depois nada mais importará nesta vida...







No cais, o contramestre gritou:



— Última chamada para o Belle! Todos a bordo!



— Boa sorte, Edward, e um retorno seguro — disse Angelique, ainda dominada pela melancolia, mas com um pequeno sorriso que o deixou radiante. — Tome cuidado!



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