O bar do
— Diga isso de novo, por Deus, e vou levá-la para fora...
— Vá para o inferno, seu miserável...
— É a guerra, e Wullem tem...
— Vamos acionar a droga do exército e da marinha para bombardear Iedo.
— Vamos arrasar a porra da capital...
— Canterbury tem de ser vingado, e Wullum deve...
— É isso mesmo, Willum é o responsável...
— Escutem, todos vocês!
Um dos homens sentados começou a bater com um martelo na mesa, para pedir silencio. Só serviu para enfurecer ainda mais a multidão... mercadores, pequenos comerciantes, estalajadeiros, jogadores, cavalariços, carniceiros, jóqueis, marujos, os emigrantes que viviam do dinheiro recebido de casa, fabricantes de velas, a ralé do porto. Cartolas, coletes multicoloridos, roupas de lã, botas de ouro, de ricos a pobres, o ar quente, abafado, enfumaçado, impregnado do odor de corpos imundos, cerveja quente, uísque, gim, rum e vinho derramados.
— Quietos, pelo amor de Deus! Deixem Willum falar!
O homem com o martelo berrou:
— Pelo amor de Deus, é William! William, não Wullum, Willum ou Willam!
William Aylesbury, quantas vezes tenho de lhes dizer? William!
— É isso mesmo, deixem Willum falar, pelo amor de Deus!
Os três homens servindo drinques, no enorme balcão, desataram a rir.
— Todo mundo veio com muita sede para a reunião, hem, governador? — gritou um deles, às gargalhadas, enquanto limpava o balcão com um pano imundo.
O bar era o orgulho da colônia, deliberadamente um palmo maior do que o existente no Jóquei Clube de Xangai, antes o maior da Ásia, e com o dobro do tamanho do que havia em Hong Kong. A parede por trás do balcão exibia incontáveis garrafas de bebidas fortes, vinho e barris de cerveja.
— Pelo amor de Deus, deixem o sujeito falar!
Sir William Aylesbury, o homem com o martelo, suspirou. Era o ministro britânico no Japão, o membro sênior do Corpo Diplomático. Os outros homens representavam a França, Rússia, Prússia e América. Ele perdeu a calma e gesticulou para um jovem oficial, parado por trás da mesa. No mesmo instante, devidamente preparado — com todos à mesa —, o oficial sacou um revólver e disparou para o teto. O reboco caiu no súbito silêncio.
— Obrigado. Agora, se os cavalheiros ficarem quietos por um momento, podemos continuar. — A voz de Sir Willam era sarcástica. Ele era alto, de quarenta e tantos anos, o rosto torto, orelhas proeminentes. — Repito, como todos vocês serão afetados pelo que decidirmos, meus colegas e eu desejamos discutir como reagir a esse incidente... em público. Se vocês não querem escutar, ou se não responderem, quando pedirmos uma opinião, com um mínimo de expletivos... nós vamos debater a questão em particular e depois, quando determinarmos o que VAI ACONTECER, teremos o maior prazer em informá-los.
Houve murmúrios de ressentimento, mas não uma hostilidade ostensiva.
— Ótimo. O que estava dizendo, Sr. McFay?
Jamie McFay se encontrava quase à frente da multidão, com Dmitri ao seu lado — sendo o chefe da Struan, a maior casa comercial da Ásia, era em geral o Porta-voz dos mercadores, os mais importantes dos quais dispunham de frotas Próprias, inclusive com clíperes armados.
— Sabemos que os
— Voto para cercarmos os desgraçados esta noite e enforcarmos o sujeito! Houve uma explosão de aplausos, que logo definhou para umas poucas palmas, em meios a algumas imprecações abafadas e gritos de “
— Por favor, continue, Sr. McFay — disse Sir William, cansado.
— Foi um ataque sem qualquer provocação, como sempre, John Canterbury foi brutalmente assassinado, só Deus sabe quanto tempo vai levar para o Sr. Struan se recuperar. Mas esta é a primeira vez que podemos identificar os assassinos... ou pelo menos o rei pode, e, tão certo quanto Deus fez as maçãs, ele tem o poder de prender os bandidos, entregá-los a nós e pagar compensações... — Mais aplausos. — Eles estão ao nosso alcance, e podemos derrotá-los com as tropas de que dispomos.
Aclamações entusiásticas, gritos de vingança.
Henri Bonaparte Seratard, o ministro francês no Japão, declarou em voz bem alta:
— Eu gostaria de ouvir as opiniões de
— Tenho quinhentos fuzileiros na esquadra...
Хаос в Ваантане нарастает, охватывая все новые и новые миры...
Александр Бирюк , Александр Сакибов , Белла Мэттьюз , Ларри Нивен , Михаил Сергеевич Ахманов , Родион Кораблев
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