Читаем Gai-jin полностью

— Só ele, Sire, durante cerca de uma hora. Um dos seus homens estava presente. Não me lembro do nome dele.





Yoshi tornara a avaliar os perigos de seu plano: comparecer à reunião disfarçado, sem a aprovação do conselho, e usar aquele homem como um espião, para ouvir secretamente o que o inimigo dizia. Talvez Misamoto já fosse um espião, para os gai-jin, pensara ele, sombrio, como todos os seus interrogadores acreditam. Não resta a menor dúvida de que ele é um mentiroso, sua história é fácil demais, seus olhos muito astuciosos, e parece uma raposa quando baixa a guarda.



— Muito bem. Mais tarde, quero saber tudo o que você aprendeu, tudo mesmo e... sabe ler e escrever?



— Sei, lorde, mas apenas um pouco em inglês.



— Ótimo. Tenho um uso para você. Se obedecer sem hesitação e me agradar, posso revisar seu caso. Mas se me falhar em qualquer coisa, por menor que seja, garanto que vai se arrepender.



Ele explicara o que queria, e designara instrutores. Quando os guardas trouxeram Misamoto de volta, no dia anterior, de rosto raspado, os cabelos penteados como os de um samurai, e usando as roupas de uma autoridade, inclusive com as duas espadas, embora fossem falsas, sem as lâminas, Yoshi não o reconhecera.



— Está ótimo. Ande de um lado para outro. Misamoto obedecera, e Yoshi se impressionara pela rapidez com que o homem aprendera a postura empertigada que o mestre lhe ensinara, não a atitude servil de um pescador, correta e normal. Depressa demais, refletira ele, convencido agora de que Misamoto era mais ou menos o que queria que os outros vissem.



— Compreende direito o que deve fazer?



— Compreendo, Sire. E juro que não falharei, Sire.



— Sei disso. Meus guardas têm ordens para matá-lo no instante em que sair do meu lado, ou se tornar desastrado... ou indiscreto.



— Vamos fazer uma pausa de dez minutos — disse Sir William, cansado. — Comunique isso a eles, Johann.



Depois da tradução, Johann Favrod, o intérprete suíço, informou:



— Eles perguntam por quê. — Ele deixou escapar um bocejo. — Desculpe. Parece que eles acham que já discutiram todas as questões, etc, etc, que vão transmitir sua mensagem etc, etc, e voltarão a se reunir em Kanagawa com a resposta dos superiores etc, etc, dentro de sessenta dias, como foi sugerido antes etc, etc.



O russo murmurou:



— Deixe-me assumir o comando da esquadra por um dia, e resolverei essa questão e acabarei com todo o problema.



— É bem possível — concordou Sir William, para depois acrescentar, num russo fluente: — Desculpe, meu caro conde, mas estamos aqui para uma solução diplomática, de preferência.



Voltando a falar em inglês, ele instruiu:



— Mostre a eles onde esperar, Johann. Vamos nos retirar, senhores?



Sir William levantou-se, fez uma mesura rígida e seguiu na frente para outra sala. Ao passar por Phillip Tyrer, ele murmurou:



— Fique com os japoneses, mantenha os olhos e ouvidos bem abertos. Todos os ministros se encaminharam para o urinol no canto da outra sala.



— Santo Deus! — exclamou Sir William, aliviado. — Pensei que minha bexiga ia estourar.



Lun entrou em seguida, seguido por outros criados, carregando bandejas.



— Chá e sanduíche, senhor. — Ele sacudiu um polegar, na direção da outra sala, desdenhoso. — A mesma coisa para os macacos ali?



— É melhor não deixar que eles o escutem dizer isso. Talvez um deles fale pidgin.



Lun ficou aturdido.



— O que disse, senhor?



— Ora, não importa.



Lun se retirou, rindo para si mesmo.



— Como já esperávamos, senhores, nenhum progresso.



Seratard acendia seu cachimbo, com André Poncin ao lado, satisfeito com a frustração de Sir William.



— O que propõe fazermos, Sir William?



— Qual é o seu conselho?



— É um problema britânico, apenas parcialmente francês. Se dependesse só de mim, já teria acertado como francês... no mesmo dia em que aconteceu.



— Neste caso, é claro, mein Herr, precisaria de uma esquadra igualmente forte — comentou Von Heimrich, em tom brusco.



— Tem toda razão. Na Europa, contamos com muitas, como sabe. E se a política imperial francesa fosse a de vir para cá com uma grande força, como nossos aliados britânicos, teríamos uma ou duas esquadras nestas águas.



— Bem... — Sir William sentia-se muito cansado. — Parece evidente que o conselho coletivo é ser duro com eles.



— Duro e implacável — declarou o conde Zergeyev.





Ja.



— Isso mesmo — confirmou Seratard. — Pensei que já tinha chegado a essa decisão, Sir William.



O ministro comeu um sanduíche e terminou de tomar o chá.



— Muito bem. Encerrarei esta reunião agora e convocarei outra para as dez horas de amanhã, com um ultimato: um encontro com o xógum dentro de uma semana, os assassinos, a indenização, ou então... com a aprovação conjunta, é claro.



Seratard disse:



— Sugiro, Sir William, tendo em vista as dificuldades que eles podem ter para marcar uma reunião com o xógum, que deixemos isso para mais tarde, até recebermos reforços... e uma razão autêntica para nos encontrarmos com ele.



Afinal, esta manobra é uma demonstração de força para corrigir um erro, não para implementar a política imperial, a de vocês ou a nossa.



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