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— Apenas que a situação não vai melhorar muito, mesmo depois que os outros portos forem abertos. Em breve, muito em breve, teremos de forçá-los a nos aceitarem, de um jeito ou de outro, se quisermos ter um comércio de verdade.



Tyrer ficou surpreso.



— Está pensando numa guerra?





— Por que não? Para que servem as esquadras? E os exércitos? Deu certo na Índia, China, por toda parte. Somos o império britânico, o maior e o melhor que já existiu no mundo. Estamos aqui para promover o comércio, mas podemos aproveitar e lhes dar ordem e leis apropriadas, para impor a civilização. — Canterbury olhou para a estrada, irritado com a hostilidade que emanava de lá. — Gente feia, não acha, senhorita?





Mon Dieu, eu gostaria que não nos olhassem dessa maneira.



— Receio que terá de se acostumar. Acontece a mesma coisa em toda parte. E, como disse o Sr. Struan, Hong Kong é pior. Seja como for, Sr. Struan, não me importo em lhe dizer que precisamos aqui de nossa própria ilha, de um lugar que nos pertença, não de uma faixa de terra pútrida e malcheirosa, na costa, com apenas um quilômetro e meio, indefensável, sujeita a ataques e chantagem a qualquer momento, se não fosse por nossa esquadra. Deveríamos capturar uma ilha, como seu avô fez com Hong Kong, abençoado seja.





— Talvez façamos isso — declarou Malcolm Struan, confiante, animado pela lembrança de seu famoso ancestral, o Tai-pan Dirk Struan, fundador da companhia e um dos principais criadores da colônia, vinte e tantos anos antes, em 1841.



Sem perceber o que fazia, Canterbury tirou do bolso o frasco de prata, tomou um trago, limpou a boca com o dorso da mão, tornou a guardar o frasco.



— Vamos prosseguir. É melhor eu seguir à frente, em fila única, quando houver necessidade, e esqueçam os japoneses. Sr. Struan, talvez seja melhor permanecer ao lado da moça, enquanto o Sr. Tyrer fica na retaguarda.



Satisfeito consigo mesmo, ele esporeou o pônei para um trote rápido. Quando Angelique veio para o seu lado, os olhos de Struan contraíram-se num sorriso. Estava abertamente apaixonado por ela desde o primeiro momento em que a vira, quatro meses antes, em Hong Kong, no próprio dia em que chegara... para tomar a ilha de assalto. Cabelos louros, pele impecável, olhos de um azul profundo, com um atraente narizinho arrebitado em um rosto oval, que não chegava a ser lindo, mas possuía estranho fascínio, arrebatador, muito parisiense, sua inocência e juventude sobrepostas por uma sensualidade perceptível, constante, embora inconsciente, que suplicava para ser mitigada. E isso num mundo de homens sem esposas apropriadas, sem grandes esperanças de encontrar alguma na Ásia, ainda menos alguém como ela. Muitos dos homens eram ricos, uns poucos eram príncipes dos mercadores.



— Não preste atenção aos nativos, Angelique — sussurrou ele. — Estão apenas impressionados com você.



Ela sorriu. Como uma imperatriz, inclinou a cabeça.





Merci, monsieur, vous êtes três aimable.



Struan já se sentia muito contente, e agora se sentiu também seguro. Era o destino, Deus nos reuniu, pensou ele, exultante, planejando o retorno, o pedido de permissão ao pai para casar. Por que não no Natal?



O Natal será perfeito. Casaremos na primavera, e iremos viver na Casa Grande, no Pico, em Hong Kong. Sei que a mãe e o pai já a adoram... por Deus, espero que ele esteja mesmo melhor. Daremos uma grande festa de Natal.



Depois de alcançarem a estrada, o grupo efetuou progresso rápido, tomando cuidado para não obstruir o movimento. Mas, quer gostassem ou não, aquela presença inesperada, para a vasta maioria dos incrédulos japoneses, que nunca haviam visto pessoas daquele tamanho, formato e cor, em particular a moça — além dos estranhos chapéus e sobrecasacas, calças pretas e botas de montaria, mais o traje de equitação de Angelique, a sela de lado e a pluma graciosa na cartola —, criava inevitáveis paralisações no tráfego.





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